cada vez
passado
mais tempo
por vezes
passei
e desejei
mas desejei
tanto, que a outridade
se fez
fez-se em mim
também pela métrica
desimportante
afinal, há interesse?
interesse na humanidade?
bem, são tantas especulações
mas o desejo de outrora
este se reverteu há dias
dias insossos
insalubres
de solidão
obrigatória
então
me acostumei
e o desejo...
deglutiu espaços
sambou na tua cara
calçou o abismo
e morreu
ainda que do tempo
por vezes passado
façam-se ditames
condeno-vos na tentativa
por
me fazer
passar
tanto tempo
passado
numa espreita
investigação
sublime
de achar desejos
partilhas estéticas
agora enfim
fui revertida
desejo-me
sou pedaço
de papel
rasgo-me
e flutuo pelos ares
antes de no chão
cair
faço dos olhares
apenas um retrato
do que não se pode ter
de mim
pois
gozo dias
gozo danças
na reversão
perde-se o efeito
da causa
foi mal
pro famoso pau
Juvenal
aqui não dança
cuzão
nem entra
digo das palavras
que surgem
apenas traço
do espelho
malfeito
nele, faço riscos
elaborados
e peço
boa música
aos djs
desejo apenas
a mim
enquanto do
tempo desfaço
teus fins
Nenhum comentário:
Postar um comentário